terça-feira, 17 de agosto de 2010

Preguiça

Deitado no sofá já se encontrava a horas, bastantes horas. Com a cabeça e os pés acomodamos confortavelmente sobre fofas almofadas de pena de gansos, seu único movimento, mesmo esse raro, era o de seu dedo no controle remoto, mudando o canal da TV durante os comerciais.
Assim estava acostumado a agir, ou melhor, não agir. Era isso sempre. Nada podia demovê-lo de sua estagnação. Literalmente nada. Sua existência, quase como a de uma estátua, ela não era perturbada por nenhum evento.

Mas agora não era o único. Tinha um companheiro. Eram passadas duas horas desde que seu pai tivera um ataque do coração ao seu lado. Havia duas horas que os dois se encontravam na mesma posição.

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